Sistemas de refrigeração central que utilizam a água como fluido de troca térmica são suscetíveis a processos corrosivos, definidos como a deterioração espontânea de componentes (metálicos ou não).
Na presença de um eletrólito e de um circuito elétrico, duas ou mais ligas metálicas podem se comportar como catodo ou anodo de uma reação, o que cria uma pilha eletrolítica e gera a corrosão propriamente dita.
Os resultados deste processo são traduzidos em perdas econômicas elevadas de ordem direta ou indireta, ocasionadas por queda na eficiência dos equipamentos, paradas inesperadas do maquinário, aumento no consumo energético, perda de fluidos e deterioração permanente do sistema.
A oxidação pode ser desencadeada ou acelerada por inúmeros fatores, dentre eles destacamos a composição da atmosfera local, que pode conter gases formadores de ácidos em solução aquosa, as características físico-químicas da água utilizada nos processos de troca térmica e a composição química do solo, nos casos em que se verifica a presença de estruturas enterradas.
Tendo em vista os danos causados pelos processos de oxidação, algumas estratégias de controle e prevenção devem ser consideradas para a conservação dos sistemas de refrigeração central.
Em sistemas de ar condicionado ou refrigeração central, por exemplo, estas estratégias incluem cuidados a serem tomados desde a fase de projeto destes sistemas, incluindo a adoção de um programa de tratamento químico para monitoramento e controle da água em circulação e o emprego de sistemas de proteção catódica, tais como anodos de sacrifício e sistemas de corrente impressa.
No caso de sistemas evaporativos que utilizem torres de resfriamento para redução da temperatura do fluido de troca, cuidados especiais devem ser adotados para controle adicional de depósitos e incrustações que, além de prejudiciais à eficiência do sistema, participam como agentes facilitadores dos processos de oxidação.
A presença de microorganismos tais como algas, bactérias e, em alguns casos, fungos podem resultar na formação de lodo nas superfícies de troca térmica (condensadores e enchimento de torres de resfriamento) que, ao se alojar em tubos e filtros, reduzem a passagem de água e prejudicam o funcionamento das maquinas, além de atuar indiretamente nos processos corrosivos.
Métodos de controle como a utilização de água previamente tratada, adoção de aditivos químicos biocida e inibidores de corrosão e incrustação, além da realização de limpeza e manutenção preventiva periódica no sistema, podem controlar e até mesmo eliminar estes agentes que deterioram a estrutura e o maquinário dos sistemas de refrigeração central.
Apresentaremos nos próximos textos descrições detalhadas dos problemas e soluções relacionados aos agentes brevemente citados acima.
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