segunda-feira, 15 de março de 2010

Tipos de corrosão em sistemas de resfriamento (Parte 3/3)

A oxidação de metais ou materiais de outra espécie pode estar associada à presença de microorganismos como bactérias, algas e fungos.

Determinados microorganismos podem acelerar a velocidade das reações de transferência entre o ânodo e o cátodo, modificar a resistência de películas protetoras existentes na superfície, criar ambientes corrosivos através de alterações no pH ou ainda promover a formação de tubérculos na superfície metálica o que favorece reações de corrosão por pilhas de concentração.

É comumente observada a ação de bactérias oxidantes de enxofre, como a Thiobacillus sp., que formam em seu processo metabólico ácido sulfúrico e gás sulfídrico e tornam o pH do meio mais agressivo ao metal, o que favorece ataques localizados à superfície metálica.

 







Bactérias oxidantes de ferro como a Gallionella sp não promovem a corrosão de forma direta. Seu metabolismo, que utiliza o ferro solubilizado em água, gera produtos que são gradualmente depositados na superfície metálica sob a forma de tubérculos, o que prejudica a distribuição de íons e provoca  a corrosão por pilhas de concentração diferencial.













Pilhas de cocentração diferencial também ocorrem quando certos tipos de algas que, muitas vezes associadas à bactérias sésseis, formam colônias envoltas por biofilme. Trata-se de uma barreira de proteção da colônia contra as variações químicas e físicas do ambiente colonizado, o que permite aos microorganismos associados desenvolvimento, reprodução e ocupação de novos ambientes.