Mecanismos galvânicos, eletrolíticos, sob atrito, por erosão, pilhas de concentração, aeração diferencial e microbiológicos são alguns dos diferentes processos verificados em sistemas de resfriamento.
Segue abaixo a descrição de cada um deles.
Corrosão Galvânica
A corrosão galvânica consiste no comportamento variável de metais que possuam potenciais dissimilares. Quando em contato, na presença de um eletrólito como a água, ligas metálicas diferentes tendem a assumir papéis de anodo e cátodo de uma pilha eletrolítica.
A caracaterística deste mecanismo corrosivo é a presença de perfurações ou desgastes próximos às áreas de acoplamento, nos metais de comportamento anódico.
O fator limitante para este processo está na relação entre as massas do metal anódico e o metal catódico. Quando a relação massa anódica sobre a massa catódica for superior a um, o processo galvânico terá mínima intensidade, caso o contrário seja verificado a taxa de corrosão será definida de acordo com o grau de superioridade da massa catódica sobre a anódica.
Assim, em um pedaço de metal que se deseja fixar em uma superfície qualquer, rebites e parafuso a serem utilizados na fixação devem ser compostos de materiais catódicos em relação ao metal a ser fixado. O inverso poderia causar desgaste prematuro nos pontos de fixação e eventual liberação do metal fixado.
Quando se deseja elaborar um circuito metálico com metais diferentes, é necessário realizar uma consulta à tabela de potenciais que permite prever quais os materiais constituintes seriam apropriados de modo a evitar a formação de uma pilha e a oxidação demasiada de alguns dos seus elementos.
Nos casos em que a junção de materiais extremamente dissimilares seja inevitável o uso de revestimento isolantes apropriados pode evitar deterioração prematura de partes do circuito.
Corrosão Eletrolítica
Correntes produzidas por maquinário externo tais como máquinas de solda ou instalações de eletrodeposição geram problemas de corrosão em estruturas enterradas.
Tais correntes ditas espúrias ou vagabundas tendem a descarregar em solo ou água e ocasionam a deterioração do metal que constitui a estrutura enterrada.
Este processo de corrosão denominado eletrolítico ou por eletrólise condiciona o metal a atuar como anodo ativo de uma pilha eletrolítica.
Sua intensidade é diretamente proporcional à corrente e há uma relação que estabelece que uma intensidade de 1 Amper no decorre de um ano pode consumir cerca de 9 quilos de metal distribuídos em perfurações aletatórias na superfície metálica.
Corrosão Sob Atrito
Consiste na corrosão provocada pelo atrito entre dois corpos, sendo um deles metálico.
Descoramento da superfície metálica e redução da resistência mecância são alguns resultantes desse processo.
Este processo se verifica facilmente em rebites, mancais e rolamentos de esferas.
Corrosão Por Erosão
O movimento de fluidos de relativo potencial abrasivo sobre ma superfície metálica qualquer pode ocasionar este tipo de corrosão.
Os fluidos podem ser gases cujo potencial abrasivo aumenta na presença de água, ou líquidos que por sua vez têm seu potencial abrasivo agravado pela presença sólidos suspensos.
Este mecanismo se faz presente com maior intensidade em curvas, cotovelos, estrangulamentos, pontos de ejeção de vapores e rotores. A corrosão por erosão perfaz um processo mecânico, quando atua isoladamente, contudo, na presença de determinados elementos com processos químicos, passa a ser considerado um processo físico-químico.
Corrosão Por Pilhas de Concentração
Um eletrólito pode apresentar diferentes concentrações iônicas ou oxigênio, estes criam uma diferença de potencial e resultam em processos corrosivos em materiais metálicos de mesma composição.
A corrosão por pilhas de concentração diferencial ocorre quando há diferentes concentrações de um determinado íon (inclusive oxigênio) em uma mesma superfície metálica. Neste caso, o anodo tende a ser o material em contato com a menor quantidade de íons.
Os produtos deste tipo de corrosão são originados nas partes intermediárias entre as zonas rica e pobre. O resultado deste processo se apresenta em oxidações alveolares ou por pites.
Falhas em solda, espaços entre rebites ou parafusos e tubulações enterradas em diferentes substratos são algumas das condições propícias a este tipo de corrosão.
Superfícies onde ocorre atividade microbiana intensa com crescimento microbiológico e produção de biofilme também são susceptíveis a este tipo de ataque, que passa a ser denominado, nestes casos, de corrosão sob depósitos.
Próximo post: Parte 3 - Corrosão microbiológica e meios corrosivos
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